Nesta era de foguetes, as espadas orientais podem
parecer muito antiquadas. Entretanto, essas armas com suas lâminas afiadas e
punhos ricamente ornamentados, ainda são usadas – e, às vezes, empregadas de
fato – pelos guerreiros da Índia e da Malaca*. Como o objetivo mais precioso de
um soldado é sua arma, antigamente o costume era o proprietário ornamentar o
punho tão ricamente quanto lhe permitissem suas posses. Assim, se fosse
aprisionado, poderia resgatar-se, trocando a espada pela vida. Segue-se a
descrição da algumas das armas mais famosas.
QUOIT
Esta arma só é usada pelos sikhis da Índia. É um
Quoit, fabricado de aço fino e ornamentado a ouro. O guerreiro girava-o
rapidamente em volta do dedo indicador e, erguendo a mão acima da cabeça, lança
o Quoit com tão mortal precisão, que pode matar um homem a oitenta passos de distância.
O Cris está proscrito, hoje em dia, mas, não faz
muito tempo, todas as lutas em Malaca eram resolvidas por esse terrível punhal
de dois gumes. Quanto mais gente matasse, maior o seu valor. Havia uma superstição
de que ninguém deveria desembainhar um Cris na presença da pessoa que lho dera.
KUKRI
O Kukri é a arma nacional dos gurkhas do Nepal. É usado numa bainha de couro e enfiado num pano passado em volta da cintura do soldado. O gurkha ainda prefere usar seu kukri em vez de baioneta numa luta corpo a corpo.
KATAR
Esta estranha adaga, uma Katar, com sua cruzeta e pistola, era usada pela cavalaria mahatta na Índia. O soldado disparava as pistolas apertando as duas barras da guarda.
ADAGA ÁRABE
A Adaga Árabe, com sua larga lâmina curva, é
usada num cinto de couro ricamente bordado. Pode parecer difícil de desembainhar,
mas, na realidade, a lâmina não é tão longa quanto à bainha.
O Shamshir ou Cimitarra é uma espada da cavalaria
persa. A curva aumenta seu poder de corte, e dizem que “as cimitarras luzidias,
caindo sobre a cabeça, rachavam um homem até a cintura”.
A Khanda, pesada espada indiana de dois gumes, é menos terrível do que parece. A respeito, conta uma lenda de um imperador indiano que atacou um dos seus oficiais por lhe ter aconselhado uma retirada. Segundo o historiador, como a arma era khanda, o homem não morreu.
Embora
Malaca já tenha sido um dos mais antigos sultanatos
malaios, o estado atualmente não é governado por um sultão
e sim por um governador (Yang di-Pertua Negeri).
Em 2008 foi declarada Património Mundial pela UNESCO. Da
presença portuguesa na cidade sobrevivem a Igreja de São Paulo e a Porta de
Santiago da Fortaleza de Malaca, conhecida como "A Famosa"..